sábado, 23 de janeiro de 2010

Tudo Muda

Muda o superficial
Muda também o profundo
Muda o modo de pensar
Muda tudo neste mundo

Muda o clima com os anos
Muda o pastor e seu rebanho
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Muda o mais fino brilhante
De mão em mão seu brilho
Muda do ninho o pássaro
Muda a sensação de um amante

Muda o rumo do andarilho
Ainda que isto lhe cause dano
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

2 comentários:

PM disse...

Mercedes Sosa

Mercedes Sosa nasceu em San Miguel de Tucumán, na província de Tucumán, no noroeste da Argentina, cidade onde foi assinada a declaração de Independência da Argentina em 9 de julho de 1816, na casa de propriedade de Francisca Bazán de Laguna, que foi declarada Monumento Histórico Nacional em 1941.

Nascida no dia da Declaração da Independência, e na mesma cidade onde foi assinada, Mercedes sempre foi patriota. Afirmou inúmeras vezes que "pátria só temos uma". Foi também uma árdua defensora do Pan-americanismo e da integração dos povos da América Latina.

Criada durante o governo de Juan Domingo Perón e sofrendo - como quase todos da sua geração - uma influência muito grande de Eva Perón, Sosa cresceu embalada pela ideologia peronista. Devemos nos lembrar que o peronismo era então difundido nas escolas e nos meios de comunicação, como a imprensa, o cinema e o rádio.

Sua ascendência era mestiça (mistura de europeus com ameríndios): francesa e dos indígenas do grupo quechua.

Sua carreira se iniciou em 1950, aos quinze anos de idade, quando Sosa venceu uma competição de canto organizada por uma emissora de rádio de sua cidade natal e ganhou um contrato para cantar por dois meses.

Sosa morreu aos 74 anos de idade em 4 de outubro de 2009, às 5h15min (horário local), em Buenos Aires.

extrato de :

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

PM disse...

Gente daqui, Gente de mim

Gente de coração
com emoção negada,
Gente com estória
por muitos ignorada,

Gente de luta
sem conquista atribuída,
Gente de trabalho
sem obra reconhecida,

Gente que um dia
de sua Terra partiu,
Gente que numa madrugada
do silêncio emergiu,

Gente que faz pão
de seara moída,
Gente de sabedoria
de uma vida vivida,

Gente que no fado
tem seu destino traçado,
Gente cujo discurso
é seu corpo suado,

Gente daqui, Gente de mim
Gente de todo o lado.